A familia das receitas de bacalhau

A senhora Gomes de Sá e o senhor Brás eram um simples casal de bacalhaus, muito humildes.
Estavam agora reformados, depois de uma vida dedicada à adega...
Adega esta que estava entregue aos cuidados dos filhos Lagareiro e Zé do Pipo.
Assim, a adega ia passando de geração em geração.
O único problema era o seu filho mais novo, Punheta.
Punheta era um jovem rebelde, que dedicava o seu tempo a andar de mota e a curtir a vida.
Sempre com o seu casaco de cabedal e óculos de sol, Punheta era um boémio e tinha intenções de transformar a adega numa discoteca.
Gomes de Sá e Brás sempre tinham conseguido resistir ao ímpeto do seu rebento.
Esperavam agora que os mais velhos também o conseguissem fazer para assim a adega passar para uma próxima geração de bacalhaus.

A viagem

Tino era um rapaz alto, loiro, olhos azuis, bem parecido...
Era uma rapaz que dava nas vistas por onde passava, atraindo o público feminino.
Os seus amigos chamavam-lhe Tininho para o arreliar e por o diminutivo não combinar nada com o seu porte atlético.Tinha acabado uma relação de 4 anos. Felizmente estava em altura de férias.Uma boa altura para tentar esquecer um pouco a tristeza.Decidiu abriu os cordões à bolsa e comprou umas férias no Brasil.A viagem tinha como estadia um hotel de luxo com spa, ginásio, discoteca, parque de diversões, piscina de água salgada e até uma pequena praia privada.Tininho tinha feito uma boa escolha,iria certamente divertir-se um bom bocado e fazer coisas que nunca tinha feito antes.
Assim que chegou, admirou a paisagem. O hotel ficava à beira mar e tinha uma vista privilegiada na altura do pôr do sol. Tininho ficou até ao último raio de sol, antes de ir para dentro. Ao passar ao lado da piscina lembrou-se que um mergulho era a melhor maneira de inaugurar todas aquelas regalias.E assim foi.Tininho tirou o seu pólo cor de rosa e mergulhou.Não ia demorar muito pois, além da cansativa viagem, ainda tinha de tomar um duche antes de jantar.Ao sair da piscina, uma morena captou toda a sua atenção, do outro lado da piscina.Um bikini amarelo escondia um enorme par de seios e a saia curtinha acentava-lhe bem, mostrando umas pernas bem torneadas.Tininho não conseguiu ser muito discreto e a morena apercebeu-se.E com um sorriso tímido entrou no hotel.Tininho foi tomar duche mas não conseguia deixar de pensar na morena.Talvez a encontrasse no restaurante e a convidasse pra se juntar a ele.Apressou o duche e aprontou-se rapidamente.Queria voltar a ver a bela morena.
Chegou ao restaurante e pediu mesa para dois.Estava mesmo confiante. Tinha a certeza que ela ia aparecer.Mas os minutos foram passando e não havia sinais da morena.Acabou de jantar e dirigiu-se ao bar, para tomar um digestivo e fazer um pouco de tempo, enquanto a discoteca não abria.
Como ainda faltava um pouco, Tininho veio para a esplanada apanhar um pouco de ar fresco e fumar 1 cigarro.A vista para a praia continuava linda, com o mar a espelhar um forte luar.
Perdeu a noção do tempo a contemplar aquela vista e só quando o maço de tabaco acabou é que ele caiu em si e voltou para dentro.Entretanto a discoteca já estava aberta.
Tininho entrou. A pista tinha bom ambiente. Não era demasiado escura e as luzes eram fantásticas. A música era brasileira, mas com uma batida forte. Tininho sentia o seu peito prestes a rebentar a cada batida. Era uma sensação estranha, mas não era desagradável. Ao passar os olhos pela pista, reparou num grupo de homens que rodeavam uma mulher, que aproveitava para brilhar com a sua dança exuberante e provocadora. Era a morena. Tininho avançou e juntou-se à roda. A morena exibia um vestido vermelho muito justo e decotado, destacando ainda mais as suas formas. Tininho retribuía com um sorriso malandro...até ser surpreendido por uma piscadela da morena, que tinha acabado a sua "exibição" e se preparava para sair. Enquanto o pessoal batia palmas e gritava por ela, Tininho seguiu-a.
Achou estranho ela fazer caminho igual como se fosse para o seu quarto, mas achou que fosse coincidência.Acelerou o passo para tentar alcançá-la quando ela parou em frente a uma porta. Era a porta de Tininho. Num gesto rápido, Tininho abriu a porta e empurrou a morena para cima da cama. Aproximou-se lentamente e tentou beijá-la, mas ela fugiu-lhe, como se fosse uma enguia.
Tininho entrou no jogo de sedução mas rapidamente a alcançou. Segurou-lhe no queixo e roubou-lhe o tão desejado beijo. Os lábios carnudos da morena ainda tinham um travo a caipirinha, bebida de eleição na noite. Tininho beijou-lhe o pescoço e com a sua língua começou a explorar todo aquele pedaço de sensualidade que tinha à sua frente.Com cuidado, tirou-lhe o vestido. A morena não trazia soutien e envergava uma pequena cueca preta.Tininho explorava agora os seios da morena, com maior destaque para os seus mamilos. A sua língua nunca tinha percorrido uma pele tão macia...a morena dava pequenos gemidos e contorcia-se com as cócegas que a língua de Tininho fazia. Enquanto descia ate ao umbigo, as mãos ocupavam o resto do corpo da morena. Tininho parecia ler braille naquele corpo humedecido pela sua língua. A brasileira parecia gostar e Tininho desceu mais um pouco. Com apenas dois dedos, tirou a cuequinha dela...e foi aí que tudo descambou....
A gaja tinha pila!!!!

A Última Ceia

Na última Ceia,Jesus levantou-se,pegou no pão e disse para os apóstolos:
- "Este pão simboliza o meu corpo.Tomai todos e comei."
De seguida,pegou no cálice com vinho e disse:
- " Este vinho simboliza o meu sangue.Tomai todos e bebei."
E continuou:
- "Já comemos...já bebemos...onde estão as stripers?"
Pedro exclamou indignado:
- "Foi Judas que ficou de as arranjar,mas esqueceu-se!!!
Ao que Jesus apenas respondeu:
- " Traidor!!!"

Um casamento original

O nosso grupo juntou-se à porta da igreja para depois entramos todos juntos, visto sermos o grupo mais novo dos convidados.
Éramos cerca de 10 e seria engraçado 10 artolas entrarem todos ao mesmo tempo na igreja e logo para a segunda fila para podermos apreciar bem o "espectáculo".E só num fomos para a primeira porque essa era para os pais e irmãos.
Mas qual não foi o nosso espanto que, ao entramos na igreja, reparamos que a cruz não tinha cristo.
Nunca tal tínhamos visto...
Lembrámo-nos logo daquela piada antiga, da publicidade dos pregos Garcia: "Com pregos Garcia, Jesus Cristo não caía".
Enfim, lá nos sentámos ordeiramente (sim nós também nos sabemos portar bem ) e esperámos pela hora.
Marcha nupcial a tocar, noiva a entrar, padre no altar.
Jesus?
Padre?
O padre ia ser Jesus Cristo!!!
Foi por isso que a cruz estava vazia. Cristo desceu para celebrar o casamento do meu amigo.
Continuava com o cabelo e barba compridos.
Apenas envergava uns óculos.
E foi aí que eu pensei: será que Jesus vê mal?
Passados tantos anos, é normal a visão começar a piorar...
Mas Jesus que fazia milagres e curava pessoas, não se conseguiria curar a ele próprio?
Foi então que cheguei à conclusão que Jesus não vê mal...ele usa os óculos para ler.
Talvez no antigamente, não existissem letras...ou então eram diferente das de agora...
Certamente que Jesus teve de voltar a aprender a letra da actualidade...e isso devia cansar-lhe a vista...

Histórias de terror de encantar

Certo dia, o príncipe Eliseu e a princesa Gertrudes foram dar um passeio ao lago mais bonito do reino.
Iam no fiel companheiro de Eliseu, o belo cavalo preto Trovão.
O passeio era lento para poderem apreciar bem a paisagem.Gertrudes abraçava Eliseu num misto de medo, segurança e paixão.
O lago era um sítio muito bonito e muito harmonioso.Era um sítio sempre com muito animais da floresta que vinham beber e refrescar-se.
Era também o ponto de encontro de muitos jovens casais.
Mas quando chegaram ao lago repararam que o ambiente estava "pesado".
Não estava lá nenhum casal, nem nenhum animal.E isso era muito estranho, nada normal.
Até que um peixinho vermelho veio à superfície e alertou o príncipe:
- "Chegou um dragão ao reino.Um dragão faminto!Já caçou vários animais e ainda não está satisfeito.Vocês estão em perigo.Fujam!"- e voltou para as profundezas do lago.
O príncipe Eliseu ordenou ao Trovão para regressar ao castelo. A princesa Gertrudes tinha ficado com medo...
Trovão galopava o mais rápido que conseguia.Até que, de repente, uma enorme sombra se abateu sobre eles.
Era o dragão que os sobrevoava.Uma besta enorme. E com as suas enormes patas pegou na princesa Gertrudes e rumou junto ao velho e degradado castelo.
Eliseu berrou a Gertrudes, prometendo que a iria salvar.E dirigiu-se para o velho castelo onde o dragão se tinha instalado.
O dragão apaixonou-se por Gertrudes e não a comeu.Mas tinha-a aprisionado numa pequena torre e tinha ido à caça de mais alimento, para o seu insaciável apetite.
Eliseu chegou ao velho castelo e chamou por Gertrudes. Ela veio a janela e choramingou pelo seu príncipe.
O castelo não tinha ponte, mas Trovão, de um salto, pôs-se do outro lado.
Com um forte pontapé abriu a porta da torre e galgou as escadas até Gertrudes.Deram um beijo apaixonado e preparavam-se para vir embora quando Trovão relinchou.
Era um sinal, o dragão devia estar a voltar.
Apressaram-se a descer as escadas.Mas, no último degrau, que estava mais gasto, que o salto do sapato direito de Gertrudes partiu.
Felizmente Eliseu segurou-a e ela não caiu.Mas o azar era enorme.Agora Gertrudes já não podia caminhar como uma princesa.Parecia ter um caminhar de um coxo.
Eliseu pegou-lhe ao colo e correu para o cavalo.Mas o dragão já estava perto.Tinha-os visto e preparava-se para atacar.
O príncipe atirou-se ao chão.Foi por pouco que não apanhou os dois.
Mas na queda,o azar de Gertrudes continuou. Tinha agora rasgado uma meia.Era muito azar.A sua imagem estava completamente destroçada.Iria parecer uma aldeã.
Além disso,já não tinham tempo de chegar ao cavalo.Eliseu decidiu lutar.
Desembainhou a espada e preparou-se para lutar com o dragão.Mas de repente ficou tudo escuro.
O dragão tinha sido mais rápido e tinha engolido Eliseu inteiro.
Eliseu estava no enorme estômago do dragão.Conseguia ouvir as lamurias de Gertrudes.
Começou então a espetar as paredes do estômago do monstro...o dragão já não aguentava e acabou por vomitar Eliseu.
A princesa correu para ele abraçando-o. O príncipe ameaçou o dragão de morte e este acabou por se ir embora do reino.
Eliseu e Gertrudes voltaram para o castelo real e foram felizes para sempre...